Resenha de Vidas Secas

Título: Vidas Secas**** Ano: 1938
Autor: Graciliano Ramos Gênero Literário: Romance
Movimento Literário: Modernismo - Segunda fase

Você certamente já viu imagens do Sertão nordestino na televisão e no cinema! Deve ter percebido a caatinga, o sol in­clemente e, nos tempos de seca, os pobres sertanejos passando necessidades - como, por exemplo, nesse ano de 1998, em que a seca levou muitos pobres a saquearem o comércio e os armazéns do governo. Pois bem! Esse livro, "Vidas Secas", permitirá a você conhecer melhor a vida interior, o pensamento, o jeito de ser de uma família sertaneja.
O livro é dividido em capítulos bem individualizados, até dá para lê-los separadamente. O tema da seca, o sofrimento de todos os viventes (Fabiano, Sinhá Vitória, Os dois Meninos e a cachorra Baleia) e o modo de narrar é que dão unidade aos di­versos capítulos. No primeiro capítulo, já nos deparamos com o flagelo da seca e com as agruras da migração, da retirada da família de Fabiano que foge da sede, da fome e da morte. O autor nasceu e viveu muito tempo no Sertão nordestino e, nesse livro, sua narrativa busca, com muita competência aprofundar-se no drama interior de cada personagem, levantando expectativas, sentimentos, e tentativas de afirmação de uma identidade - mesmo na miséria. O livro é tão importante que foi adaptado para o cinema com muito sucesso (ganhou inclusive prêmios). Ler esse romance de Graciliano significa buscar mais conhecimento sobre as possibilidades do Ser Humano, significa refinar-se espiritualmente para exercer mais a solidariedade e menos o preconceito.